terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Meu bebê cresceu..

Feliz Aniversário, meu amor

Akira escreveu os versos quando a Clarice nasceu e ficava cantarolando para ela. Recentemente o Raberuan criou uma melodia que é a que está no vídeo.. a original, só o Akira sabe cantar.. rs

domingo, 4 de dezembro de 2011

Sócrates e Raberuan

Li hoje no Facebook a notícia da morte de Sócrates, o jogador de futebol. Apesar de não ter acompanhado sua trajetória de perto, eu o admirava não tanto pelo seu futebol, pois nada entendo desse esporte bretão, mas pelas suas idéias, sua inteligencia e por me parecer ser um cara do bem.

Há 20 dias morria Raberuan.
O que Raberuan tem a ver com o Sócrates?
A mim me parece que foram pessoas que viveram intensamente.. Raberuan com quem tive uma proximidade maior nos ultimos 6, 7 anos não fazia concessões, de tudo experimentou para o bem e para o mal.
Os dois me davam a impressão de estar o tempo todo pagando pra ver e o preço foi a vida.  O carrasco de ambos, o fígado, não aguentou a sobrecarga e desenvolveu uma cirrose letal.

Raberuan quando se foi, havia acabado de completar 58 anos e no dia do aniversário, duas semanas antes já debilitado pela doença, pediu aos amigos que organizassem sua festa com direito à cantoria que fez questão de acompanhar do seu quarto. Sócrates morreu aos 57. Cedo demais para pessoas que gostavam tanto da vida.. ou não.. acho que gostavam era da transgressão.


sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

The Lion King - Circle of Life

Sonho Impossível - Maria Bethânia (1974)

Maria Bethânia no show A Cena Muda cantando a música "Sonho Impossível". Essa é uma versão feita por Chico Buarque e Ruy Guerra da música original "The Quest - The Imposible Dream", de autoria de Joe Darion e Mitch Leigh.

What a wonderful world - Louis Armistrong

sábado, 19 de novembro de 2011

Borboletas e mariposas



Reza a lenda japonesa que quando uma borboleta ou mariposa pousa em nossa casa é prenúncio da morte de alguém conhecido. 
Procuro conduzir minha vida sem dar importância a crendices, mas no domingo passado uma mariposa gigante passou a tarde toda pousada na parede da minha garagem e, coincidência ou não, anteontem morreu Raberuan.     
Como que para não deixar dúvidas, hoje às 4 horas da manhã quando estava dormindo tentando me recuperar da tristeza que foi o seu enterro, recebi a notícia do falecimento de uma tia que há muito estava em coma.

Não sei se esses seres alados são de fato arautos de mortes, mas eu, que gosto tanto de borboletas, torço para que minha amiga Fátima Bugolin esteja certa quando diz que elas trazem sempre muita sorte e alegria.

E quanto às notícias tristes, que venham a nós através dos costumeiros telefonemas e emails.. Prefiro os emails, pois podemos de vez em quando evita-los, não abrindo, dando perdido, fazendo de conta que não existem, criando a ilusão de que os entes queridos são eternos.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Mães, desmintam-me se forem capazes

Quando os filhos saem da nossa casa para cuidar de suas próprias vidas, nos angustiamos por não saber se conseguirão sobreviver sem a nossa assistência (para mim, alimentação é o item mais preocupante).

Mas pasmem, eles conseguem!!

Nossa angústia aumenta porque não temos mais função na vida dos nossos rebentos.

De posse dessa informação as criaturas passam a nos chantagear: - “Mãe, vou te visitar. Prepara aquela comida que só você sabe fazer?”

Alívio total. Saímos feito loucas a comprar os ingredientes para preparar a iguaria, sendo irrelevante se o objeto de desejo é um simples pudim de pão ou um sofisticado udon com shiitake acompanhado de sushi que eles comem com tanto prazer que vamos às lágrimas.

Chegada a hora de ir embora, lá se vão alimentados e felizes e ainda por cima levando marmitas com feijão e arroz fresquinhos, bife temperado e o que mais puder ser armazenado na geladeira e no freezer.

Quanto a nós, só nos resta aguardar ansiosamente pelo anúncio da próxima visita.







segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Meu amigo Tião Soares




Acredito que todo o ser humano se depara em alguns momentos com encruzilhadas onde tem que decidir que rumo dar a sua vida.
Estava eu levando uma vida confortável - filhos adultos, chá com as amigas, algumas viagens, idas ao shopping, mas bastante incomodada com a situação quando surgiu Tião Soares e me colocou numa dessas encruzilhadas.

Certa noite, o Akira talvez cansado de me ver criar projetos e não conseguir executá-los por não encontrar interlocutores, se utilizou de um estratagema e me levou a uma reunião comandada por Tião e seu fiel escudeiro Pedro Neto (de quem ainda pretendo falar neste blog).
Fui cheia de má vontade, já tinha ouvido falar da atuação da Fundação Tide Setúbal em São Miguel, mas tais assuntos não me interessavam mais. A reunião continuou e as palavras foram encontrando ressonância no meu cérebro de tal maneira que saí de lá entusiasmada falando pelos cotovelos com o Akira, mas ele, reconhecendo uma certa bipolaridade que me ataca às vezes e não querendo arriscar, me convenceu a participar de novo encontro dali a 15 dias e pacientemente me acompanhou durante quase um ano às reuniões quinzenais de formação comandadas pelo Tião.

As reuniões eram enriquecedoras, encontrei em Tião e no Pedro os interlocutores que tanto havia procurado. Deram visibilidade e credibilidade a mim e às minhas idéias, se tornaram meus parceiros e tiveram participação definitiva na minha talvez derradeira escolha.

Desde então tenho participado diretamente ou acompanhado à distância as peripécias de Tião Soares e sua equipe, reconhecendo sempre a enorme importancia de sua ação na vida cultural de São Miguel Paulista.

Eis que, num certo dia, recebo a notícia de que Pedro Neto havia deixado a Fundação, pronto, o sinal de alerta soou no meu cérebro, mas Tião ainda estava lá firme e forte. Era o que eu pensava.
De repente, não mais que de repente, Tião Soares é demitido da Fundação.
Tião subtraido da Fundação é uma matemática que não consigo compreender.

São Miguel perderá um grande aliado, mas penso que a perda maior será da própria Fundação que não contará mais com o seu incansável articulador.
Substituirão por outro profissional (de novo a lógica), afinal ninguém é insubstituível. Será?
Na minha modesta opinião, paixão, dedicação e lealdade somados à evidente competência são itens difíceis de encontrar no mercado, portanto insubstituíveis.

Já eu, egoistamente sinto que perdi um porto seguro a quem recorria para me reabastecer de cultura, energia e de abraços sempre disponíveis e calorosos.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Bolero - Ravel/Béjart







A coreografia de Maurice Béjart, trecho do filme Retratos da Vida (Bolero) "Les uns et les autres" de Claude Lelouch, é uma das minhas preferidas. Assisti a várias versões, mas esta com solo de Jorge Donn, que dança no filme, é imbatível.

Não entendo o suficiente de ballet para dizer o quanto a técnica de Jorge Donn é boa, mas para mim, nesta coreografia ele está perfeito, é o bailarino se expressando em sua plenitude.


A música é Bolero de Maurice Ravel

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Ontem um cão raivoso me atacou nas Lojas Marisa do shopping Tatuapé.. estava disfarçado de mulher.

Ontem, domingo, fui curtir um dia de menina no shopping, entrei nas lojas Marisa para comprar lingeries e ao me dirigir à vendedora para saber onde estavam as peças que queria adquirir, não percebi que a mesma estava atendendo uma outra pessoa, o cão em questão disfarçado de mulher, que veio aos berros pra cima de mim dizendo que eu procurasse outra atendente, pois estava atrasada para o trabalho (detalhe: ela trabalha num hospital). Tentei ignorá-la, mas a mulher continuou falando alto. Atordoada, só consegui balbuciar: É assim que você trata os pacientes?

Não consegui sentir raiva da mulher, em outros tempos teria discutido, chamado a atenção dos presentes para aquela falta de educação, mas ontem só queria me distanciar daquela cena absurda e total "non sense" que protagonizei. 

A cena retratou uma violência aparentemente gratuita, mas que já vinha sendo anunciada seja pelo péssimo atendimento nas lojas com atendentes mal humoradas se escondendo para não nos atender ou as pessoas se esbarrando umas nas outras no shopping lotado ou ainda disputando lugar para se sentar na praça de alimentação.

Apesar da aparente serenidade com que enfrentei a situação, confesso que me apavorei diante da perspectiva de, quem sabe, ir parar no noticiário de TV.. daqueles que retratam o mundo cão diariamente.


segunda-feira, 22 de agosto de 2011

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Cumadi Mi





Cumadi Mi é uma pessoa que fala através de gestos.. A nossa amizade, por exemplo, ela construiu ponto a ponto, ora compartilhando comigo pedaços dos bolos feitos para a Laura e o Scalla, ora fazendo lasanha e arroz de forno pro meu filho (que adora lasanha e arroz de forno), ora cuidando da minha filha pequena para eu poder trabalhar (quem nossos filhos beija, nossa boca adoça), ora sendo cúmplice em pequenos atos ilegais, que eu não confesso nem sob tortura, ora tricotando meia de lã para aquecer meus pés durante o inverno..
Somos comadres porque ela me deu uma afilhada, Laura, seu bem mais precioso.
Cumadi Mi é minha irmã de alma, aquela que me acolheu sem nada pedir em troca e em cujo colo mergulho descaradamente sem a menor cerimônia.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Casa Arrumada

Minha amiga Cidinha me mandou este texto, erroneamente atribuído a Drummond, mas que na realidade foi escrito por Lena Giro, onde ela traduz em palavras, vejam só, a minha casa!!

Casa arrumada é assim:
Um lugar organizado, limpo, com espaço livre pra circulação e uma boa entrada de luz.
Mas casa, pra mim, tem que ser casa e não um centro cirúrgico, um cenário de novela.
Tem gente que gasta muito tempo limpando, esterilizando, ajeitando os móveis, afofando as almofadas…
Não, eu prefiro viver numa casa onde eu bato o olho e percebo logo:
Aqui tem vida…
Casa com vida, pra mim, é aquela em que os livros saem das prateleiras e os enfeites brincam de trocar de lugar.
Casa com vida tem fogão gasto pelo uso, pelo abuso das refeições fartas, que chamam todo mundo pra mesa da cozinha.
Sofá sem mancha?
Tapete sem fio puxado?
Mesa sem marca de copo?
Tá na cara que é casa sem festa.
E se o piso não tem arranhão, é porque ali ninguém dança.
Casa com vida, pra mim, tem banheiro com vapor perfumado no meio da tarde.
Tem gaveta de entulho, daquelas que a gente guarda barbante, passaporte e vela de aniversário, tudo junto…
Casa com vida é aquela em que a gente entra e se sente bem-vinda.
A que está sempre pronta pros amigos, filhos, netos, pros vizinhos…
E nos quartos, se possível, tem lençóis revirados por gente que brinca ou namora a qualquer hora do dia.
Casa com vida é aquela que a gente arruma pra ficar com a cara da gente.
Arrume a sua casa todos os dias…
Mas arrume de um jeito que lhe sobre tempo pra viver nela…
E reconhecer nela o seu lugar.

domingo, 31 de julho de 2011

Meu amigo Claudemir



Não sei se acontece com todos, mas comigo é assim: quanto mais o tempo passa, mais dificuldades tenho de estabelecer novas relações de amizade, seja devido ao mal humor, um traço da minha personalidade que com o tempo se acentua, seja pela impaciência cada vez mais frequente, afinal, relações de amizade necessitam de carinho e paciência, ou talvez ainda por pura preguiça, não sei explicar.. é um fato.

Felizmente há exceções e o Claudemir é uma delas.. relação difícil - o cara é complicado, tem a lingua afiada. Não sei explicar, a relação tinha tudo para dar errado, mas gosto cada vez mais deste moço, gostou do "moço" Claudemir?

Todavia, por via das dúvidas, mantenho a minha guarda armada, não sei de onde virá a próxima porrada..

domingo, 24 de julho de 2011

Sarau da Casa Amarela - 13/05/11


Travesseiro de Clarice - poema de Akira Yamasaki musicado por Raberuan




sábado, 2 de julho de 2011

Sakura

Eis a paisagem que enxergo da janela da minha cozinha


01/07/11
Início da florada








02/07/11








domingo, 19 de junho de 2011

Por que acaba um casal?


Estava eu lendo o texto escrito por Contardo Calligaris na folha ilustrada (leitura atrasada, o jornal era de quinta-feira) que começava assim: " No domingo passado, Dia dos Namorados, uma amigo mandou flores para sua mulher com este bilhete: - Posso ser seu namorado ou continuo sendo seu marido?.. "
De repente me perdi na leitura e comecei a divagar sobre o casal que eu e o Akira formamos. Um belo dia, os filhos estavam crescidos, olhamos um para o outro e nos perguntamos - e agora, como será o resto de nossas vidas? Afinal, queríamos continuar juntos, mas como encurtar a distância que se instalou imperceptivelmente ao longo dos anos? Em uma decisão conjunta resolvemos quebrar o paradigma retratado no texto, o da acomodação, da inércia, da preguiça.
Confesso que no início foi difícil, começamos com um happy hour semanal, quase obrigatório, tipo batendo cartão, sem ter o que conversar.. enormes silencios, mas aos poucos redescobrimos coisas que tinhamos em comum, as conversas começaram a fluir..  reconheço que ainda é complicado, frequentemente precisamos renegociar o contrato, mas estamos muito empenhados na tarefa cada dia mais fácil e prazerosa de construir este novo casal.


segunda-feira, 13 de junho de 2011

Puruba


Nosso amigo e padrinho de casamento Edsinho vivia nos convidando para conhecer sua casa em Puruba e eu vivia rejeitando os convites devido a um trauma adiquirido na juventude.

É que numa dessas aventuras juvenis fui acampar com alguns amigos em Ubatuba e o local era tão lindo e isolado que fomos todos nadar pelados no rio. Mal sabia que seria atacada por borrachudos vorazes que me causaram uma alergia medonha da qual demorei anos (à custa de muitas picadas de vacina anti-alérgica) para me recuperar. Desde então recusei todos os convites que me conduziam ao litoral norte.

De nada adiantava me garantirem que os temíveis insetos estavam sob controle graças à uma alma boa que os eliminava no nascedouro ou que se eu ingerisse vitamina K ou E, não me lembro, me imunizaria contra os ataques dos repugnantes seres. Nada absolutamente nada me convencia a ceder.

Até que neste final de semana, após anos de recusa, penalizada, pois o Akira​ queria muito conhecer Puruba, alegando que sem mim não iria, resolvi arriscar e munida de coragem, marido, filhos e muito repelente na bagagem, concretizamos o seu desejo.

Que deslumbramento!! Maravilhoso, um paraíso habitado basicamente por duas famílias. Os borrachudos ainda estavam lá, mas eram poucos, me deixaram em paz e foram atacar outra vítima desavisada, o pobre do Akira, mas este nem sentiu, já imune, curtido por anos em cachaça.