Ontem, domingo, fui curtir um dia de menina no shopping, entrei nas lojas Marisa para comprar lingeries e ao me dirigir à vendedora para saber onde estavam as peças que queria adquirir, não percebi que a mesma estava atendendo uma outra pessoa, o cão em questão disfarçado de mulher, que veio aos berros pra cima de mim dizendo que eu procurasse outra atendente, pois estava atrasada para o trabalho (detalhe: ela trabalha num hospital). Tentei ignorá-la, mas a mulher continuou falando alto. Atordoada, só consegui balbuciar: É assim que você trata os pacientes?
Não consegui sentir raiva da mulher, em outros tempos teria discutido, chamado a atenção dos presentes para aquela falta de educação, mas ontem só queria me distanciar daquela cena absurda e total "non sense" que protagonizei.
A cena retratou uma violência aparentemente gratuita, mas que já vinha sendo anunciada seja pelo péssimo atendimento nas lojas com atendentes mal humoradas se escondendo para não nos atender ou as pessoas se esbarrando umas nas outras no shopping lotado ou ainda disputando lugar para se sentar na praça de alimentação.
Apesar da aparente serenidade com que enfrentei a situação, confesso que me apavorei diante da perspectiva de, quem sabe, ir parar no noticiário de TV.. daqueles que retratam o mundo cão diariamente.
Su, faz tempo que não venho aqui. E adorei suas crônicas.
ResponderExcluirViolência assim, gratuita, mexe mesmo com a gente.
Tá todo mundo perdendo o centro, a vida nas filas, nos bancos, nos hospitais, o processo todo de cumprir as obrigações num mundo tão rápído e quase impessoal, parece que é um grande hospital a vida fora do hospital mesmo, como diz Zé Ramalho.
E as pessoas talvez se armem sem perceber quer assim vão aumentando a raiva, a impaciência.
Ainda bem que você conseguiu respirar e agir com mais tranquilidade.
E que a mulher latiu, mas não te mordeu!
Beijinhos
Linda Li, foi difícil resistir, meu ímpeto foi de chamar o gerente, a imprensa, o papa.. rs
ResponderExcluirPensei em dar um corretivo na mulher, mas a bicha soltava fogo pelas ventas.. temi pela minha integridade física.. e quando dei as costas e saí, ela ainda ficou me chamando de mal educada.. pode?
Saudade de você
beijos