quarta-feira, 18 de janeiro de 2012
Pai e filhos
Cultivo o hábito, desde quando meus filhos eram pequenos, de reunir a família ao menos uma vez por dia, geralmente na hora do jantar, para botar a conversa em dia.
Atualmente está mais difícil, os filhos são adultos, Clarice não mora mais conosco, mas o hábito se enraizou e, sempre que possível, nos reunimos em torno de uma mesa.
O Akira é o mais prejudicado porque, devido ao trabalho, raramente consegue estar presente nesses momentos. mas o afeto tem seus signos, vale a pena tentar decodificá-los e criar pontes como, por exemplo, o pai que servia de motorista para os filhos e seus amigos durante toda a infância e adolescência e que ainda hoje, após um dia exaustivo, vai buscar na estação de trem o filho que volta do trabalho. Que ajudou a fazer a mudança da filha, mesmo com o coração dilacerado pela falta que dela iria sentir. Que cria poemas e posta no blog, onde expõe todo o sentimento por eles.
Clarice é desavergonhada, abraça e beija o pai, pede colo e assim tudo se resolve.. já com o André a relação é silenciosa, cheia de sentimentos não expostos, apenas supostos.
Hoje, almoçando com o André, surgiu o assunto família e ele falou do pai de um jeito que me comoveu às lágrimas – não conseguirei reproduzir na íntegra a nossa conversa, nem é o caso. Disse-me que o admira, o respeita, segue seu exemplo e sabe que o sentimento é recíproco, que o pai o admira também por ter, entre outras coisas, conquistado vitórias importantes na vida e que o pai, de alguma maneira sabe, que pode contar com ele quando precisar.
Acho que são os tais signos sendo decodificados, a ponte sendo construída.. silenciosamente..
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Sueli,
ResponderExcluirParabéns pela linda família que brotou desta linda relação de amor entre você e o Akira.
Eu acredito que amores verdadeiros dispensam palavras, existem caminhos secretos onde transitam intensamente sentimentos enormes que nada pode abalar.
Você merece tudo que tem de melhor e verdadeiro.
Um grande beijo.
Naomi,
ExcluirSomos uma família que quer manter os laços afetivos, nem sempre é fácil, ao contrário, é um exercício constante, mas confesso que me encanta a percepção de que nossas atitudes encontam eco nos corações dos entes queridos.
Obrigada pela visita e por suas palavras sempre carinhosas.
um forte abraço
ia fazer mais um comentário cobrando nosso almoço, mas deixei pra lá :***
ResponderExcluirhahaha.. mas vc desperdiça nossos encontros e vai embora rápido demais, me troca por uma carona
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