Entre Abril e Outubro de 2013 realizamos 3 atividades voltadas para o Bem Estar e Qualidade de Vida
Links:
Estar Bem na Casa Amarela
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Estar Bem/Escolas
EMEF Maestro Alex Martins Costa
http://casamarela-e-cultural.blogspot.com.br/2013/08/estar-bem-da-casa-amarela-visita-escola.html
http://casamarela-e-cultural.blogspot.com.br/2013/08/mais-fotos-estar-bem-emef-maestro-alex.html
EMEB Profª Neusa Bassetto
https://picasaweb.google.com/116923517083115447091/EstarBemEMEBNeusaBassetto
quarta-feira, 11 de dezembro de 2013
domingo, 4 de agosto de 2013
Nós, a jovem oriental do MPA e o tempo
Texto mais que generoso de João Caetano do Nascimento
Conheci Sueli Kimura de forma inusitada: uma imagem desenhada na minha mente. Explico. Era uma tarde de sábado. Estávamos num sobrado do SOF (Serviço de Orientação à Família) que emprestava o espaço para reuniões do MPA (Movimento Popular de Arte). Eu conversava com o saudoso amigo e grande poeta Severino do Ramo. De repente, ele tira de dentro de sua bolsa a tiracolo um poema e o leu para mim. Era um poema bonito, dedicado a Sueli. “Quem é essa tal de Sueli Kimura?”, perguntei. Severino disse que era uma grande amiga dele, “uma pessoa incrível”.
Já se foram mais de trinta anos, mas ainda carrego viva a lembrança daquele sábado: a tarde nublada, a voz de Severino, o brilho de seu olhar, nossa conversa, a ilusão da poesia e da vida. Mas se me perguntarem qual foi a primeira vez em que eu vi Sueli Kimura, em carne e osso, não consigo precisar, por maior esforço que a minha memória faça.
Lembro, sim, da jovem oriental, miúda, voz macia, junto com outras pessoas, no mesmo SOF. Era um pequeno grupo que estudava e se preparava para aplicar na prática os ensinamentos do mestre Paulo Freire. Além dela, o grupo era composto por um rapaz alto, com óculos imensos, jeito de “cientista louco”, cujo nome era Eduardo, pelo amigo e excelente poeta Cláudio Gomes, por um jovem barbudo de nome Muniz e o próprio Severino.
Esse grupo se aproximou muito do MPA. Assim passamos a nos encontrar com maior frequência com Sueli. Numa de nossas infinitas reuniões, vislumbrei um furtivo olhar do sisudo Akira em direção a ela. Pensei com meus botões, eles fariam um belo casal. O mesmo pensamento que tive alguns anos depois ao ver Eder e Lígia. Meus dons premonitórios, eu nem imaginava, que eram assim tão bons.
Vi o namoro entre Sueli e Akira germinar discretamente. Testemunhei também momentos difíceis dos dois, naquela época tão incrível e conturbada. Partilhei, cúmplice, a felicidade de ambos com o nascimento da Clarice, um pinguinho de gente, embora naquela época eu já estivesse um pouco afastado do MPA e nossos encontros começavam a se escassear.
A vida e as asperezas dos tempos nos afastaram. Reencontrei-os quase trinta anos depois. Sueli ainda conserva a voz macia e o jeito doce de menina. O tempo sequer ousou deixar nela suas marcas, parece a mesma jovem daqueles tempos, com o mesmo dinamismo, a mesma alegria reservada e a generosidade com todos. Revi também aquele pinguinho de gente. Clarice já é moça feita, jeitinho decidido. Soube também do outro filho deles, André, o caçula.
O MPA foi uma história bonita na vida de tanta gente, momento de explosão de criatividade, de esperanças partilhadas, de alguns desencantos também, de sons e sonhos, poesia e amor. Se algum casal pode ser considerado como símbolo do MPA, em minha opinião, o casal é Sueli e Akira. E revê-los hoje, mergulhados em mil projetos da Casa Amarela e em tantas outras coisas, como se ainda fossem os jovens daqueles longínquos anos 80, é lição de vida. Eles trazem consigo essa estranha mágica de semear estrelas sempre, para iluminar os caminhos.
Conheci Sueli Kimura de forma inusitada: uma imagem desenhada na minha mente. Explico. Era uma tarde de sábado. Estávamos num sobrado do SOF (Serviço de Orientação à Família) que emprestava o espaço para reuniões do MPA (Movimento Popular de Arte). Eu conversava com o saudoso amigo e grande poeta Severino do Ramo. De repente, ele tira de dentro de sua bolsa a tiracolo um poema e o leu para mim. Era um poema bonito, dedicado a Sueli. “Quem é essa tal de Sueli Kimura?”, perguntei. Severino disse que era uma grande amiga dele, “uma pessoa incrível”.
Já se foram mais de trinta anos, mas ainda carrego viva a lembrança daquele sábado: a tarde nublada, a voz de Severino, o brilho de seu olhar, nossa conversa, a ilusão da poesia e da vida. Mas se me perguntarem qual foi a primeira vez em que eu vi Sueli Kimura, em carne e osso, não consigo precisar, por maior esforço que a minha memória faça.
Lembro, sim, da jovem oriental, miúda, voz macia, junto com outras pessoas, no mesmo SOF. Era um pequeno grupo que estudava e se preparava para aplicar na prática os ensinamentos do mestre Paulo Freire. Além dela, o grupo era composto por um rapaz alto, com óculos imensos, jeito de “cientista louco”, cujo nome era Eduardo, pelo amigo e excelente poeta Cláudio Gomes, por um jovem barbudo de nome Muniz e o próprio Severino.
Esse grupo se aproximou muito do MPA. Assim passamos a nos encontrar com maior frequência com Sueli. Numa de nossas infinitas reuniões, vislumbrei um furtivo olhar do sisudo Akira em direção a ela. Pensei com meus botões, eles fariam um belo casal. O mesmo pensamento que tive alguns anos depois ao ver Eder e Lígia. Meus dons premonitórios, eu nem imaginava, que eram assim tão bons.
Vi o namoro entre Sueli e Akira germinar discretamente. Testemunhei também momentos difíceis dos dois, naquela época tão incrível e conturbada. Partilhei, cúmplice, a felicidade de ambos com o nascimento da Clarice, um pinguinho de gente, embora naquela época eu já estivesse um pouco afastado do MPA e nossos encontros começavam a se escassear.
A vida e as asperezas dos tempos nos afastaram. Reencontrei-os quase trinta anos depois. Sueli ainda conserva a voz macia e o jeito doce de menina. O tempo sequer ousou deixar nela suas marcas, parece a mesma jovem daqueles tempos, com o mesmo dinamismo, a mesma alegria reservada e a generosidade com todos. Revi também aquele pinguinho de gente. Clarice já é moça feita, jeitinho decidido. Soube também do outro filho deles, André, o caçula.
O MPA foi uma história bonita na vida de tanta gente, momento de explosão de criatividade, de esperanças partilhadas, de alguns desencantos também, de sons e sonhos, poesia e amor. Se algum casal pode ser considerado como símbolo do MPA, em minha opinião, o casal é Sueli e Akira. E revê-los hoje, mergulhados em mil projetos da Casa Amarela e em tantas outras coisas, como se ainda fossem os jovens daqueles longínquos anos 80, é lição de vida. Eles trazem consigo essa estranha mágica de semear estrelas sempre, para iluminar os caminhos.
sexta-feira, 26 de abril de 2013
Arrepio
Sou uma pessoa bastante racional, minha observação do
mundo passa invariavelmente pela razão. Tento ampliar a percepção utilizando outros
sentidos e quase sempre fracasso, mas ultimamente algo estranho tem me
acontecido: o arrepio.
No começo estranhei, pois é diferente de um arrepio de
tesão, frio repentino ou mesmo um susto.
É um arrepio que começa no centro da cabeça e se espalha pelo corpo.
Aos poucos
fui percebendo que o arrepio acontece quando presencio um evento prazeroso como
uma música especial, um belo texto, uma demonstração de afeto. Há pessoas que
choram quando se emocionam, outras produzem endorfina, ficam felizes, outras
tecem comentários com uma eloqüência invejável, mas eu, eu me arrepio.
Ainda fico dividida, meu lado racional teme que seja sinal de enfarto
iminente, um AVC talvez, mas há um lado ainda desconhecido que me dá pistas de
que o arrepio em questão pode ser um ato de rebeldia do corpo se libertando das
amarras da razão..
quarta-feira, 20 de março de 2013
domingo, 17 de março de 2013
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