segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Ontem um cão raivoso me atacou nas Lojas Marisa do shopping Tatuapé.. estava disfarçado de mulher.

Ontem, domingo, fui curtir um dia de menina no shopping, entrei nas lojas Marisa para comprar lingeries e ao me dirigir à vendedora para saber onde estavam as peças que queria adquirir, não percebi que a mesma estava atendendo uma outra pessoa, o cão em questão disfarçado de mulher, que veio aos berros pra cima de mim dizendo que eu procurasse outra atendente, pois estava atrasada para o trabalho (detalhe: ela trabalha num hospital). Tentei ignorá-la, mas a mulher continuou falando alto. Atordoada, só consegui balbuciar: É assim que você trata os pacientes?

Não consegui sentir raiva da mulher, em outros tempos teria discutido, chamado a atenção dos presentes para aquela falta de educação, mas ontem só queria me distanciar daquela cena absurda e total "non sense" que protagonizei. 

A cena retratou uma violência aparentemente gratuita, mas que já vinha sendo anunciada seja pelo péssimo atendimento nas lojas com atendentes mal humoradas se escondendo para não nos atender ou as pessoas se esbarrando umas nas outras no shopping lotado ou ainda disputando lugar para se sentar na praça de alimentação.

Apesar da aparente serenidade com que enfrentei a situação, confesso que me apavorei diante da perspectiva de, quem sabe, ir parar no noticiário de TV.. daqueles que retratam o mundo cão diariamente.


segunda-feira, 22 de agosto de 2011

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Cumadi Mi





Cumadi Mi é uma pessoa que fala através de gestos.. A nossa amizade, por exemplo, ela construiu ponto a ponto, ora compartilhando comigo pedaços dos bolos feitos para a Laura e o Scalla, ora fazendo lasanha e arroz de forno pro meu filho (que adora lasanha e arroz de forno), ora cuidando da minha filha pequena para eu poder trabalhar (quem nossos filhos beija, nossa boca adoça), ora sendo cúmplice em pequenos atos ilegais, que eu não confesso nem sob tortura, ora tricotando meia de lã para aquecer meus pés durante o inverno..
Somos comadres porque ela me deu uma afilhada, Laura, seu bem mais precioso.
Cumadi Mi é minha irmã de alma, aquela que me acolheu sem nada pedir em troca e em cujo colo mergulho descaradamente sem a menor cerimônia.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Casa Arrumada

Minha amiga Cidinha me mandou este texto, erroneamente atribuído a Drummond, mas que na realidade foi escrito por Lena Giro, onde ela traduz em palavras, vejam só, a minha casa!!

Casa arrumada é assim:
Um lugar organizado, limpo, com espaço livre pra circulação e uma boa entrada de luz.
Mas casa, pra mim, tem que ser casa e não um centro cirúrgico, um cenário de novela.
Tem gente que gasta muito tempo limpando, esterilizando, ajeitando os móveis, afofando as almofadas…
Não, eu prefiro viver numa casa onde eu bato o olho e percebo logo:
Aqui tem vida…
Casa com vida, pra mim, é aquela em que os livros saem das prateleiras e os enfeites brincam de trocar de lugar.
Casa com vida tem fogão gasto pelo uso, pelo abuso das refeições fartas, que chamam todo mundo pra mesa da cozinha.
Sofá sem mancha?
Tapete sem fio puxado?
Mesa sem marca de copo?
Tá na cara que é casa sem festa.
E se o piso não tem arranhão, é porque ali ninguém dança.
Casa com vida, pra mim, tem banheiro com vapor perfumado no meio da tarde.
Tem gaveta de entulho, daquelas que a gente guarda barbante, passaporte e vela de aniversário, tudo junto…
Casa com vida é aquela em que a gente entra e se sente bem-vinda.
A que está sempre pronta pros amigos, filhos, netos, pros vizinhos…
E nos quartos, se possível, tem lençóis revirados por gente que brinca ou namora a qualquer hora do dia.
Casa com vida é aquela que a gente arruma pra ficar com a cara da gente.
Arrume a sua casa todos os dias…
Mas arrume de um jeito que lhe sobre tempo pra viver nela…
E reconhecer nela o seu lugar.