quinta-feira, 8 de março de 2018

Kafkaneando..



Sou daquelas que quando vejo uma barata em casa, pego o chinelo, atiro e saio correndo (vai que ela revida?), rezando pra ter acertado a asquerosa ou, quando a família está por perto, saio correndo, gritando por socorro ou, quando o terror não toma conta, pego um inseticida para dar fim na nojenta.

Mas hoje no quintal me deparei com uma cena inesperada, duas cascudas copulando, daria tempo de pegar o inseticida e acabar com a festa.

SQN!!

As duas estavam engatadas de costas e ao imaginar cada uma tentando correr, arrastando a outra, me deu um ataque de riso que começou frouxo e evoluiu para uma gargalhada interminável.
Quando consegui me recompor, saí de mansinho para não atrapalhar o coito, agradecida por rir um riso que há muito não ria, daqueles de verter lágrimas e doer a barriga e perdi a chance de exterminar uma geração de seres repugnantes. O mundo que conviva com isso.



sábado, 24 de fevereiro de 2018

I&I - Tema Verdade


Ensaio 1

Parecia adormecido 
o seu menino ali deitado. 
A escorrer pelos pulsos
o sangue, da cor do batom em seus lábios.
A verdade, trancada a sete chaves
 é que ele próprio não teve forças para abrir o armário 
e socorrê-lo.


Ensaio 2

Pela fresta viu o seu namorado 
ali deitado,
Parecia adormecido
A escorrer pelos seus pulsos 
o sangue
da cor do batom em seus lábios.
A verdade 
trancada a sete chaves 
dentro do armário
 de onde não teve forças para sair 
e socorrê-lo.


Ensaio 3


Parecia adormecido 
o menino ali deitado
A escorrer pelos pulsos
 o sangue
da cor do batom 
em seus lábios.
A verdade
 trancada a sete chaves 
dentro do armário


Ensaio 4

Sangue da cor do batom
Escorre de dentro do armário
Onde a verdade se esconde